sono e phda

porque dormir é tão importante ?

A perda de 1 hora de sono por dia pode ter impactos significativos na nossa saúde.

Se pedirmos a um adulto que durma 6 em vez de 8 horas por noite, observamos que ao longo do tempo a sua capacidade de concentração entra em declínio. Se ao fim de 15 dias consecutivos dormindo menos 2 horas lhes perguntarmos como se sentem, não notarão nada de especial. Contudo, se aplicarmos um teste de atenção, detetamos esse declínio e o mais incrível é que essa perda equivale à observada após 2 dias de privação total do sono (Hans P.A. et al., The Cumulative Cost of Additional Wakefulness: Dose-Response Effects on Neurobehavioral Functions and Sleep Physiology From Chronic Sleep Restriction and Total Sleep Deprivation, 2003).

Estudos como estes revelam que “dormir para recuperar” noites mal dormidas ao fim de semana não é suficiente. Revelam ainda uma associação entre a falta de sono e problemas executivos (concentração, memória, aprendizagem) e comportamentais (hiperatividade, impulsividade), tais como os que observamos em crianças com diagnóstico de PHDA (Astill, van der Heijden, van Ijzendoorn & van Someren, 2012).

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Como pode ajudar o neurofeedback?

O primeiro passo é o despiste de causas junto do seu médico, procurando por exemplo identificar situações como a apneia do sono.

A dificuldade em adormecer pode ainda estar relacionada com a falta de exposição solar da criança durante o dia (Fayyad et al. (2007) ) ou ser devida à presença de lâmpadas LED e lâmpadas económicas, bem como devido ao uso de ecrãs à noite: a estimulação "na hora errada" dos fotorreceptores na retina que são sensíveis à luz azul (Reppert & Weaver, 2002) e que servem para sincronizar o nosso ritmo circadiano com base na luz solar: Por outras palavras, o nosso relógio biológico espera que exista luz durante o dia e não à noite e adia o cansaço e o sono.  Leia as nossas dicas.

O neurofeedback promove a produção dos ritmos cerebrais necessários à eficácia do sono, o que permite aumentar a facilidade em adormecer e reduzir a probabilidade de acordar durante a noite. 

Na base desse tratamento está por exemplo o treino da banda de frequências  (12-15 Hz)  na zona central da cabeça designada por Sensorimotor rhythm (SMR), cujos efeitos benéficos foram verificados cientificamente (Sterman et al., 1970; Hoedlmoser et al., 2008), assim como o treino dos ritmos inferiores a 1Hz como o Slow Cortical Potentials ou SCP (Amzica & Steriade, 1997; Marshall et al., 2006).

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